2015
13.10
13.10
E para provar que o trabalho e esforço compensam, eis uma foto que o demonstra.
No Domingo, no I Torneio CKA Póvoa de Varzim foi o Márcio Silva a ter o bronze, mas para ele foi a AKM que o mereceu, pois sente-se parte de uma equipa e sem ela não teria este resultado.
Mais importante que a vitória ou a derrota é a sensação de orgulho pelo trabalho que se desenvolve.
E da forma como se trabalha na AKM todos podem sentir-se orgulhosos.
O sucesso é de todos.
arigato gozaimashita Daniel Santos, Catarina Vilhena e João Saraiva
( obrigado por nos terem ensinado )
Verdade, o esforço leva-nos mais longe.
O Márcio saiu do estilo shito-ryu para vir para o goju-ryu na AKM em 2013, tinha 7 anos.
Brincava, baldava-se aos treinos como qualquer outro miúdo da sua idade e ponderou inclusive sair do karaté, para se dedicar ao futebol, onde não tem qualquer jeito para nenhuma das posições
De repente, tudo mudou, chegou um dia a casa e disse que queria sair do futebol e passar a treinar mais karaté.
E assim foi, integrou a equipa de competição da AKM e evoluiu de uma forma que me deixou espantado.
No ano passado fez um percurso ascendente em termos de trabalho, resultados e essencialmente de motivação.
Começou a passar rondas nos torneios externos, até aí só tinha vencido torneios internos (em Shito-Ryu), começou a melhorar o seu desempenho e consequentemente passou a tirar 7ºs lugares, mais tarde 5º na última prova da época passada em Monção.
Como somos de longe estávamos a ponderar se poderíamos continuar a leva-lo a Matosinhos aos treinos ou se ele teria de mudar para mais perto de casa.
Ele foi peremptório: NÃO.
É na AKM que quero ficar, gosto das pessoas e elas gostam de mim.
No verão conviveu em casa e fora dela com os seus amigos do karaté.
A época iniciou e ele lá continuou a ir com sorriso na cara,e pelo caminho uma boa notícia:
O médico que lhe diagnosticou uma escoliose não o aconselhou a sair do karaté, a ressonância magnética ( na qual ele foi anestesiado e nesse mesmo dia com um sobrolho aberto foi na mesma ao treino) comprova-a, é grande mas não impeditiva.
Para já.
E uma semana depois, isto.
3º lugar na Póvoa, mas não é o resultado que me deixa orgulhoso dele, é o trabalho e o gosto pela modalidade que ele tem.
Na semana passada treinou 2ª, 3ª, 4ª,5ª 6ª sábado de manhã e de tarde ainda fez umas katas aqui em casa, depois de ter ido comprar o cinto AKA.
Domingo fez o impensável, pelo menos para mim, foi ao pódio numa prova difícil.
Mas o que mais me surpreendeu foi o ter ido treinar novamente na segunda e hoje.
Com um sorriso na cara.
E também o facto um “puto” de 9 anitos acabados de fazer trabalhar mesmo quando está doente, ou aleijado, já chegou a não poder treinar mas foi à mesma ver o treino dos colegas.
Ele gosta do karaté, adora a AKM e acima de tudo os seus colegas e o seu treinador.
Aquele abraço que ele deu ao Daniel Santos no final da prova quando ele lhe disse que ficou em 3º lugar diz tudo.
Este ano o Márcio competirá no escalão infantil até 9 anos até ao fim da época, mas de “infantil” ele não me parece ter nada.
Este miúdo cresceu e trabalha como nunca.
AKM, nunca o imaginei assim.
E há que dar mérito a quem o tem.
É vosso.
O Márcio é neste momento um miúdo motivadissimo, disciplinado e os melhores amigos que tem são os seus amigos do karaté.
Na escola continua a ser um aluno de excelência, e como pai sinto-me sem mais palavras para descrever isto.
Pode não conseguir nunca mais tirar um pódio, mas o motivo de orgulho para nós pais e para os nossos amigos nunca foi ou será o resultado, mas sim o miúdo empenhado, responsável e dedicado que ele já é com esta idade, e estou seguro que continuará a ser.
Como me disse um grande sensei uma vez: Ele faz por merecer, sabe melhor assim!